30 de mar. de 2010

Arquitetura romântica


A arquitetura e a escultura românticas se caracterizaram por sua linguagem nostálgica e pela pouca originalidade. Quando não se mesclaram estilos históricos obtendo-se obras bem mais ecléticas, reproduziram-se fielmente castelos e igrejas medievais, estilo que foi chamado de neogótico. Mistura de patriotismo com um lirismo gótico irracional, o castelo do rei louco Ludwig II da Baviera emerge como um sonho impossível do século passado.




Castelo de Neuschwanstein, construído por ordem de Ludwing II Baviera - século XIX


 
          A arquitetura do romantismo foi definitivamente historicista. No início do século XIX, deu-se o movimento do ressurgimento das formas clássicas, chamado de neoclassicismo; mais tarde, apareceram as manifestações neogóticas, consideradas ideais para igrejas e castelos e, em determinados casos, como na Inglaterra, inclusive para edifícios governamentais. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
          Em Paris experimentou-se um renascimento do barroco, como aconteceu em Viena. Um caso à parte foi a Alemanha, que, sob a orientação de Luís II da Baviera, experimentou arquiteturas neo-otônicas, neo-românicas e neogóticas, além das neoclássicas já existentes. A Europa estava voltada para a construção de edifícios públicos e, esquecendo-se do fim último da arquitetura, abandonava as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
          Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro de Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim.






 
Teatro de Ópera de Paris Charles Garnier - (XIX)


O neobarroco do Teatro de Ópera de Paris é o exemplo da tendência que predominou durante todo o século passado: a o pulência monumental que aproveita os elementos arquitetônicos da história da arte que mais lhe convêm. O imponente estilo gótico do Parlamento de Londres é uma recriação anacrônica dos arquitetos Barry e Puguin. Nele, a exaltação dos estilos nacionai (gótico vertical inglês) é a constante do período.
          Na Espanha deu-se um renascimento curioso na arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.

Royal Pavillion - John Nash - Brighton - (XIX)


Nenhum comentário:

Postar um comentário