30 de mar. de 2010

Origem do Romantismo



O Romantismo surgiu na Europa numa época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam os sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição.


Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu surgimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.


O Romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o Romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang.


O Romantismo viria a se manifestar de formas bastante variadas nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao Realismo.


No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.


A pintura romântica


A definição do Romantismo na pintura é difícil. Não foi um estilo unificado em termos de técnica ou temática, já que a diversidade de contextos nos vários países onde essa corrente floresceu deu margem à formação de escolas regionais bastante características e por vezes centradas em temas ou abordagens específicos.


Já disse Baudelaire:


O romantismo não se encontra nem na escolha dos temas nem em sua verdade objetiva, mas no modo de sentir. Para mim, o romantismo é a expressão mais recente e atual da beleza. E quem fala de romantismo fala de arte moderna, quer dizer, intimidade, espiritualidade, cor e tendência ao infinito, expressos por todos os meios de que as artes dispõem"..

Desde já se entende que são de esperar o surgimento de tendências múltiplas se agitando sob um mesmo rótulo, às vezes concordes, outras em aparente oposição, e a história da pintura revela o quão acertada foi a análise do poeta. Geralmente se concede que um elo unificador foi o desejo de expressão do individual, do intenso, do subjetivo, do irracional, do espontâneo e do emocional, do visionário e do transcendente, antes do que o impessoal, o lógico, o moderado e o claro, o equilibrado e o pré-programado que estruturaram o ideal clássico. Muitas vezes a expressão do gênio individual gerou projetos que buscavam primariamente chocar, cortejando o bizarro, o não-convencional, o exótico e o excêntrico e beirando o melodramático, o mórbido e o histérico.
Muitos dos pintores românticos foram grandes viajantes, e buscaram inspiração em países exóticos e pouco conhecidos pelo ocidental. Alguns chegaram a explorar os Trópicos e o Ártico, ou penetraram em regiões inóspitas de seus países, divulgando suas belezas naturais e contribuindo para o desbravamento e colonização de vastas áreas virgens, como foi o caso típico dos românticos norte-americanos. Outros, incapazes de se contentar com seu cotidiano, localizaram sua obra em tempos antigos, idealizando o passado e reconstruindo plasticamente uma história e tradições das quais não havia registro visível e dando substrato para a construção ou consolidação de um senso de identidade nacional, mesmo que se hoje seja óbvio que a imagem apresentada frequentemente não correspondia aos fatos revelados pelas pesquisas científicas posteriores.


Características da pintura:
 * Aproximação das formas barrocas;
 * Composição em diagonal sugerindo instabilidade e dinamismo ao observador; 
 * Valorização das cores e do claro-escuro; e
 * Dramaticidade

 
Temas da pintura:
 * Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas;
 * Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas; e
 * Mitologia Grega

  


Principais artistas:
Goya  - Nasceu no pequeno povoado de Fuendetodos, Espanha, em 1746. Morreu em Bordeaux, em 1828. Goya e sua mitologia povoada por sonhos e pesadelos, seres deformados, tons opressivos. Senhor absoluto da caricatura do seu tempo. Trabalhou temas diversos: retratos de personalidades da corte espanhola e de pessoas do povo, os horrores da guerra, a ação incompreensível de monstros, cenas históricas e as lutas pela liberdade.
Obra destacada: Os Fuzilamentos de 3 de maio de 1808. 



La nevada é uma obra do pintor e gravador espanhol Francisco de Goya. A pintura repousa, hoje, nas paredes do Museu do Prado, em Madrid.








 
Carlos IV de vermelho é uma pintura de Francisco de Goya. Constitui um retrato realizado para o rei homônimo. Está conservado no Museu do Prado, em Madri, Espanha. Mede 203 x 137 centímetros.








WilliamTurner - Representou grandes movimentos da natureza, mas por meio do estudo da luz que a natureza reflete, procurou descrever uma certa atmosfera da paisagem. Uma das primeiras vezes que a arte registra a presença da máquina (locomotiva).
Obras destacadas: Chuva, Vapor e Velocidade e O Grande Canal, Veneza.



William Turner: Chuva, vapor e velocidade, 1844.











 
William Turner, Veneza: O grande canal, 1835.









Eugène Delacroix (1798-1863)- suas obras apresentam forte comprometimento político e o valor da pintura é assegurada pelo uso das cores, das luzes e das sombras, dando-nos a sensação de grande movimentação. Representava assuntos abstratos personificando-os (alegorias). Culto, dono de uma língua ferina, rico e namorador. ."A principal qualidade de um quadro é ser uma festa para os olhos", escreveu na derradeira nota de seus famosos diários, em 1963, menos de dois meses antes de morrer. Nascido num momento crucial da História da França, aquele em que a burguesia revolucionária colhia os frutos de seu triunfo sobre o monarquia dos reis Capeto , o pintor viveu a maior parte da vida jovem e adulta num mundo que voltava aos poucos à antiga ordem natural das coisas. Assistiu à ascensão e queda de Napoleão Bonaparte, a restauração da dinastia dos Bourbon e, finalmente, a entronização do rei Luís Felipe, em 1830. Seu quadro mais conhecido A Liberdade Guiando o Povo, muitas vezes tomado como um símbolo das lutas populares e republicanas, foi feito por inspiração do movimento que levou Luís Felipe ao trono da França 
 
A Liberdade Guiando o Povo (1830)








O Massacre de Chios


Arquitetura romântica


A arquitetura e a escultura românticas se caracterizaram por sua linguagem nostálgica e pela pouca originalidade. Quando não se mesclaram estilos históricos obtendo-se obras bem mais ecléticas, reproduziram-se fielmente castelos e igrejas medievais, estilo que foi chamado de neogótico. Mistura de patriotismo com um lirismo gótico irracional, o castelo do rei louco Ludwig II da Baviera emerge como um sonho impossível do século passado.




Castelo de Neuschwanstein, construído por ordem de Ludwing II Baviera - século XIX


 
          A arquitetura do romantismo foi definitivamente historicista. No início do século XIX, deu-se o movimento do ressurgimento das formas clássicas, chamado de neoclassicismo; mais tarde, apareceram as manifestações neogóticas, consideradas ideais para igrejas e castelos e, em determinados casos, como na Inglaterra, inclusive para edifícios governamentais. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
          Em Paris experimentou-se um renascimento do barroco, como aconteceu em Viena. Um caso à parte foi a Alemanha, que, sob a orientação de Luís II da Baviera, experimentou arquiteturas neo-otônicas, neo-românicas e neogóticas, além das neoclássicas já existentes. A Europa estava voltada para a construção de edifícios públicos e, esquecendo-se do fim último da arquitetura, abandonava as classes menos favorecidas em bairros cujas condições eram calamitosas.
          Entre os arquitetos mais reconhecidos desse período historicista ou eclético, deve-se mencionar Garnier, responsável pelo teatro de Ópera de Paris; Barry e Puguin, que reconstruíram o Parlamento de Londres; e Waesemann, na Alemanha, responsável pelo distrito neogótico de Berlim.






 
Teatro de Ópera de Paris Charles Garnier - (XIX)


O neobarroco do Teatro de Ópera de Paris é o exemplo da tendência que predominou durante todo o século passado: a o pulência monumental que aproveita os elementos arquitetônicos da história da arte que mais lhe convêm. O imponente estilo gótico do Parlamento de Londres é uma recriação anacrônica dos arquitetos Barry e Puguin. Nele, a exaltação dos estilos nacionai (gótico vertical inglês) é a constante do período.
          Na Espanha deu-se um renascimento curioso na arte mudéjar na construção de conventos e igrejas, e na Inglaterra surgiu o chamado neogótico hindu. Este último, em alguns casos, revelou mais mau gosto do que arte.

Royal Pavillion - John Nash - Brighton - (XIX)


26 de mar. de 2010

Escritores românticos Brasileiros

  • Gonçalves Dias: principal poeta romântico e uns dos melhores da língua portuguesa, nacionalista, autor da famosa Canção do Exílio, da nem tão famosa mas muito melhor I-Juca-Pirama e de muitos outros poemas.

  • Álvares de Azevedo: o maior romântico da Segunda Geração Romântica; autor de Lira dos Vinte Anos, Noite na Taverna e Macário.

  • Castro Alves:grande representante da Geração Condoeira, escreveu, principalmente, poesias abolicionistas como o Navio Negreiro.

  • Joaquim Manuel de Macedo: romancista urbano escreveu A Moreninha e também O Moço Loiro.

  • José de Alencar :principal romancista romântico. Romances urbanos: Lucíola; A Viuvinha; Cinco Minutos; Senhora. Romances regionalistas: O Gaúcho, O Sertanejo, O Tronco do Ipê. Romances históricos: A Guerra dos Mascates; As Minas de Prata. Romances indianistas: O Guarani, Iracema e o Ubirajara.

  • Manuel Antônio de Almeida: romancista urbano, precursor do Realismo. Obras: Memórias de um Sargento de Milícias.

  • Bernardo Guimarães: considerado fundador do regionalismo. Obras: A Escrava Isaura; "O Seminarista"

  • Franklin Távora: regionalista. Obra mais importante: O Cabeleira.

  • Visconde de Taunay: regionalista. Obra mais importante: Inocência.

  • Machado de Assis: estilo único, dotado de fase romântica e realista. Em sua fase romântica destacam-se "A Mão e a Luva" e "Helena". Ainda em tal fase realizava análise psicológica e crítica social, mostrando-se atípico dentre os demais românticos
  • Romantismo no Brasil

    De acordo com o tema principal, os romances no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou históricos e regionalistas.
    No romance indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.
    Os romances urbanos tratam da vida na capital e relatam as particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço.
    Por fim, o romance regionalista propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças étnicas, lingüísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de vida.

    A primeira geração (nacionalista–indianista) era voltada para a natureza, o regresso ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do Romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades. Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: Canção do exílio, I-Juca-Pirama. Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois a Revista Niterói-Brasiliense
    Entre as principais características da primeira geração romântica no Brasil estão: o nacionalismo ufanista, o indianismo, o subjetivismo, a religiosidade, o brasileirismo (linguagem), a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo.

    A segunda geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
    Entre seus principais autores estão Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Junqueira Freire e Pedro de Calasans. Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna. Casimiro de Abreu escreveu As Primaveras, Poesia e amor, etc. Fagundes Varela, embora byroniano, já tinha em sua poesia algumas características da terceira geração do romantismo. Junqueira Freire, com estilo dividido entre a homossexualidade e a heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século XIX.
    Já as principais características da segunda geração foram o profundo subjetivismo, o egocentrismo, o individualismo, a evasão na morte, o saudosismo (lamentação) em Casimiro de Abreu, por exemplo, o pessimismo, o sentimento de angústia, o sofrimento amoroso, o desespero, o satanismo e a fuga da realidade.

    Por fim há a terceira geração, conhecida também como geração Condoreira, simbolizada pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos e tem visão ampla sobre todas as coisas, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social e influenciador dessa geração.
    Os destaques desta geração foram Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto. Castro Alves, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração com obras como Espumas Flutuantes e Navio Negreiro. Sousândrade não foi um poeta muito influente, mas tem uma pequena importância pelo descritivismo de suas obras. Tobias Barreto é famoso pelos seus poemas românticos.
    As principais características são o erotismo, a mulher vista com virtudes e pecados, o abolicionismo, a visão ampla e conhecimento sobre todas as coisas, a realidade social e a negação do amor platônico, com a mulher podendo ser tocada e amada.
    Essas três gerações citadas acima, apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa no Brasil, não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou regional - que aconteceram todos simultaneamente.
    No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a passagem para o período realista.

    Romantismo em Portugal

    Teve como marco inicial a publicação do poema "Camões", de Almeida Garrett, em 1825, e durou cerca de 40 anos terminando por volta de 1865 com a Questão Coimbrã.
    A Primeira Geração do Romantismo em Portugal vai de 1825 a 1840. Seus principais autores são Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Antônio Feliciano de Castilho. A Segunda Geração, ultra-Romântica, de 1840 a 1860 e tem com principais autores, Camilo Castelo Branco e Soares de Passos. A Terceira Geração, pré-Realista, de 1860 a 1870, aproximadamente, teve como principais autores Júlio Dinis e João de Deus.

    Romantismo na Música

    As primeiras evidências do romantismo com aparecem na música Beethoven. Suas sinfonias, a partir da terceira, Revelam uma música com temática profundamente pessoal e interiorizada, assim como algumas de suas sonatas para piano também, entre as Quais é Possível citar a Sonata Patética.
    Outros compositores como Chopin, Tchaikovsky, Felix Mendelssohn, Liszt, Grieg e Brahms levaram ainda mais adiante o ideal romântico de Beethoven, deixando o rigor formal do Classicismo Músicas para escreverem mais de suas emoções acordo com.
    Na Ópera, Os compositores mais notáveis foram Verdi e Wagner. O primeiro Óperas procurou escrever, em sua Maioria, com conteúdo épico ou patriótico - entre as Quais as Óperas Nabucco, I Vespri Sicilianni, I Lombardi nella Prima Crociata - Embora tenha escrito também algumas Óperas Baseadas em histórias de amor como La Traviata; O segundo enfocava histórias mitológicas Germânicas, caso da Tetralogia do Anel do Nibelungo e outras como Óperas Tristão e Isolda e O Holandês Voador, Ou sagas medievais como Tannhäuser, Lohengrin e Parsifal. Mais tarde na Itália o romantismo na ópera se desenvolveria ainda mais com Puccini.

    Romantismo na Literatura

    Poeta Geothe na Italia
    O Romantismo surge na literatura quando o trocam os escritores Mecenato aristocrático pelo editor, precisando assim cativar público leitor um. Esse público estará entre os pequenos burgueses, que não ligados aos valores literários Estavam Clássicos e, por isso, apreciariam mais a emoção do que uma sutileza das formas do período anterior. A história do Romantismo literário é bastante controversa.
    Em primeiro lugar, as manifestações em poesia e prosa popular na Inglaterra são os primeiros antecedentes, embora Sejam consideradas "Pré-Românticas"Em sentido lato. Os autores ingleses mais conhecidos desse Pré-Romantismo" extra-oficial "são William Blake (Cujo misticismo latente em The Marriage of Heaven and Hell - O Casamento do Céu e do Inferno, 1793 atravessará o Romantismo até o Simbolismo) E Edward Young (cujos Night Thoughts - Pensamentos Noturnos, 1742, re-editados por Blake em 1795, influenciarão o Ultra-Romantismo), Ao lado de James Thomson, Cowper William e Robert Burns. O Romantismo "oficial" é Reconhecido nas figuras de Coleridge e Wordsworth (Lyrical Ballads - Baladas Líricas, 1798), fundadores; Byron Peregrinação (Childe Harold's, Peregrinação de Childe Harold, 1818), Shelley (Hymn to Intellectual Beauty - Hino à Beleza Intelectual, 1817) e Keats (Endymion, 1817), após o Romantismo de Jena.
    Em segundo lugar, os alemães procuraram renovar sua literatura Através do retorno à natureza e à essência humana, com assídua recorrência ao "Pré-Romantismo extra-oficial" da Inglaterra. Esses escritores alemães formaram o movimento Sturm und Drang (tempestade e ímpeto), donde surge então, mergulhado sem sentimentalismo, o Pré-Romantismo "oficial", isto é, conforme as convenções historiográficas. Goethe (Die Leiden des Jungen Werther -- O Sofrimento do Jovem Werther, 1774), Schiller (An die Freude - Ode à Alegria, 1785) e Herder (Auszug aus einem Briefwechsel über Ossian und die Lieder alter Völker - Extrato da correspondência sobre Ossian e as canções dos Povos antigos, 1773) formam uma Tríade. Alguns jovens alemães, como Schegel e Novalis, Com ideais artísticos novos, que afirmam a literatura, enquanto arte literária, precisa expressar não só o sentimento como também o pensamento, Fundidos na ironia e na auto-reflexão. Era o Romantismo de Jena, o único Romantismo autêntico em nível internacional.
    Em terceiro lugar, a difusão européia do Romantismo tomou como românticas como formas pré-românticas da Inglaterra e da Alemanha, privilegiando, portanto, apenas o sentimentalismo em detrimento da complicada reflexão do Romantismo de Jena. Por isso, mundialmente, o Romantismo é uma extensão do Pré-Romantismo. Assim, na França, destacam-se Stendhal, Hugo e Musset; Na Itália Leopardi e Manzoni; Em Portugal Garrett e Herculano; Na Espanha Espronceda e Zorilla.
    TENDO O liberalismo como referência ideológica, o romantismo Renega como formas rígidas da literatura, como versos de métrica exata. O romance se torna o gênero narrativo preferencial, em oposição à epopéia. É a superação da Retórica, Tão valorizada pelos clássicos.
    Os Aspectos Fundamentais da temática romântica são o Historicismo E o individualismo. O historicismo está representado nas obras de Walter Scott (Inglaterra), Vitor Hugo (França), Almeida Garrett(Portugal), José de Alencar (Brasil), entre outros tantos. São resgates históricos apaixonados e saudosos ou observações sobre o momento histórico que atravessava-se Àquela altura, como no caso de Balzac ou Stendhal (ambos franceses).
    Uma outra vertente, focada não individualismo, traz consigo o culto do egocentrismo, vazado de melancolia e pessimismo (Mal-do-Século). Pelo apego ao intimismo ea valores extremados, foram Chamados de Ultra-Românticos. Esses escritores como Byron, Alfred de Musset e Álvares de Azevedo beberam fazer Sturm und Drang alemão, perpetuando as fontes sentimentais.
    O romantismo é um movimento que vai contra o avanço da modernidade em termos da intensa racionalização e mecanização. É uma crítica à perda das perspectivas que fogem aquelas correlacionadas à razão. Por parte o romantismo nos mostra como bases de vida o amor ea liberdade.

    Romantismo nas Belas Artes



    Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra Arte moderna. O Romantismo eo Neoclassicismo são simplesmente duas faces de uma mesma moeda. Enquanto o neoclássico busca um ideal sublime, objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo, embora um tenda subjetivar o mundo exterior. Os Dois movimentos estão interligados portanto, pela idealização da Realidade (mesmo que com resultados diversos).
    As primeiras manifestações românticas na Pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a pintar depois de começar a perder a audição. Um quadro de temática neoclássica como Saturno devorando seus filhos por exemplo, apresenta uma série de emoções para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-sombra, linhas de Diagonais Composição e pinceladas "grosseiras" de acentuar um forma uma situação dramática representada. Apesar de Goya ter Sido um acadêmico, o Romantismo somente chegaria à Academia mais tarde.
    O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência. Sua tela A Liberdade Guiando o Povo reúne o vigor eo ideal românticos em uma obra que estrutura-se em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 Guiados pelo espírito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando uma bandeira da França). O artista coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo uma influência romantismo sem burguesa). Esta é provavelmente a obra romântica mais conhecida.
    A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica fundamental do Romantismo. Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto. Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos pólos por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. O Pintor tradução William Turner refletiu este espírito em obras como Mar em tempestade onde o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como forma de Atingir os sentimentos supracitados.

    25 de mar. de 2010

    Caracteristicas do Romantismo

    O romantismo seria dividido em 3 gerações:
    • 1ºgeração As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também destacam-se o nacionalismo, presente da colectânea de textos e documentos de caráter fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, ela era amada e desejada mas não era tocada.
    • 2ºgeraçãoEventualmente também serão notados o Pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida.
    • 3ºgeração Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irónica (vide Eça de Queiróz), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível.

    Individualismo

    Os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito humano, abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes definida por emoções e sentimentos.

    Subjetivismo

    O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa. Trata-se sempre de uma opinião parcelada, dada por um individuo que baseia sua perspectiva naquilo que as suas sensações captam.
    Com plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra.
    O eu é o foco principal do subjetivismo, o eu é egoísta, forma de expressar seus sentimentos.

    Idealização

    Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é um herói nacional, e a pátria sempre perfeita. Essa característica é marcada por descrições minuciosas e muitos adjetivos.

    Sentimentalismo Exacerbado

    Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão. Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções e são como o relato sobre uma vida.
    O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do indivíduo relatado.
    Emoção acima de tudo.

    Egocentrismo

    Como o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os na obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.

    Natureza interagindo com o eu lírico

    A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, à tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo, que a natureza é mera paisagem. No Romantismo, a natureza interage com o eu-lírico.A natureza funciona quase como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta.

    Grotesco e sublime

    Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de A Bela e a Fera, no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda.

    Medievalismo

    Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas se passam em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.

    Indianismo

    É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone para a origem nacional e o colocam como um herói. O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau ), segundo o qual a sociedade corrompe o homem e o homem perfeito seria o índio, que não tinha nenhum contato com a sociedade européia.

    Byronismo

    Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, poeta inglês. Estilo de vida boêmio, voltado para vícios, bebida, fumo e sexo, podendo estar representado no personagem ou na própria vida do autor romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo, pela angústia.

    11 de mar. de 2010

    Conceito

    O Romantismo caracteriza-se por seu espírito revolucionário. Na realidade, o movimento artístico romântico se fez como reflexo e conseqüência de uma nova concepção de mundo. As revoluções que marcaram o período que antecedeu seu surgimento – em especial a Revolução Industrial e a Revolução Francesa – estabeleceram profundas alterações na forma de pensar as relações humanas. A industrialização, o crescimento da população urbana, a predominância da burguesia acompanhada da decadência da aristocracia nas classes dominantes fizeram surgir um novo gosto artístico, não mais marcado pelos modelos clássicos até então norteadores do conceito de beleza que movia o homem ocidental em sua busca de conhecimento. Em conseqüência também dessa urbanização, surgiu um novo público leitor, diferente da aristocracia dos salões que até então se impunha.

    Como estilo de época na literatura ocidental, costuma o Romantismo ser demarcado entre a segunda metade de século XVIII e a primeira metade do século XIX. Consideram-se como locais de suas primeiras manifestações a Alemanha e a Inglaterra. Tornou-se uma realidade em todos os países do ocidente e, ressalvadas as diferenças regionais, manteve um certo número de características particularizantes capazes de apresentá-lo como um movimento universal.

    Dentre essas características, destaque-se a principal delas – a liberdade de criação –, responsável por sua riqueza temática e também pela renovação das formas literárias. No rastro da liberdade de escolhas para expressão dessa nova maneira de ser e de olhar, estabeleceu-se a ausência de preferências por qualquer forma métrica ou poética, o que levou a arte literária a uma renovação formal.
    A temática central do poeta romântico fez-se em torno do EU e das emoções deste EU. A valorização excessiva dos sentimentos desencadeou não apenas a valorização de aspectos emotivos, mas estendeu-se à expressão de estados de exuberância de sentimentos e à revelação de um subjetivismo mórbido e autodestrutivo.

    Curiosidades

    O ballet nasceu em 1489, em Itália, quando se realizou um espectáculo por ocasião do casamento do duque de Milão. Nessa altura, só havia bailarinos masculinos, já que as mulheres não estavam autorizadas a dançar e as roupas eram pesadas, o que limitava a variedade de passos; presença das mulheres apenas começou a ser aceite em finais do século XVII. O ballet surgiu na sequência dos espectáculos que os nobres ofereciam aos visitantes, onde havia poesia, música, mímica e dança. Leonardo Da Vinci chegou a desenhar cenários para estes espectáculos. Os espectáculos versavam sobretudo temas sobrenaturais.A dança na ponta de pés, uma imagem de marca do ballet, apareceu no século XIX.Nesta época os bailados eram conhecidos por Blancs (brancos) ou Romanticsetéreas, onde imperavam as imagens sobrenaturais. (românticos).No século XIX, o Romantismo transformou, então, o ballet, tendo feito aparecer as personagens exóticas e
    Foi preciso esperar pela época do Romantismo (século XVIII) para que se criassem as primeiras bases sólidas do romance. Antes disso, apenas se produzia a novela, que andava, sensivelmente, ao nível do romance de aventuras em série e do romance de folhetim. Em traços largos, o romance distingue-se da novela pela maior extensão do texto e pelo facto de na novela predominar o evento, a história contada no geral, enquanto que no romance há o avultar de toda a atmosfera psicológica, social, ambiental, configurando o mundo das personagens, tornando-o mais denso e complexo, aproximando o leitor aos reais acontecimentos quotidianos, dando, assim, lugar a um ritmo e a um tempo da história muito mais lento, mais alargado, mais próximo do tempo real. O romance histórico português produziu brilhantes exemplos, multiplicando o número de autores que o adoptaram, revelando ao mundo das Letras portuguesas nomes marcantes como os de Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, A. da Silva Gaio e outros.